Os 10 desafios da mãe solteira

Mudar o status marital depois dos quarenta é um desafio imenso por si só. Quando se tem filhos, em qualquer idade, se descobrir solteira exige um esforço dobrado para dar conta de si mesma e da vida em família.

Depois de bater cabeça e enfrentar questionamentos, dúvidas, tristezas e medos saí do outro lado forte como um touro. Com poucas certezas, mas com uma vontade imensa de seguir em frente.

Deixo aqui algumas dicas daquilo que eu considerei os maiores desafios da maternidade solo que enfrentei nessa (longa) jornada. Quem sabe você não se identifica com alguma coisa?

Os 10 desafios da mãe solteira

1

Paciência redobrada: não tenho ninguém para agir como escudo entre eu e Vicky quando os ânimos esquentam. Eu já não sou lá muito paciente, então imagina só, agora que ela está crescendo e, pasmem, respondendo de volta? Estou tentando, estou realmente me esforçando para não protagonizar festivais de gritaria. E dá-lhe reler os ensinamentos da disciplina positiva e muita comunicação não-violenta pra mim. Mas aqui é onde encontro a maior dificuldade.

2

Distância: no início, o distanciamento entre o ex-casal foi o meu maior desafio, afinal foi uma década e meia de convivência. Por algum tempo eu achei que seria sempre dessa maneira, afinal com um bebê em casa, como cortar completamente o sujeito da sua vida? Mas, nesse caso, o tempo provou ser o melhor remédio e o distanciamento demorou, mas veio de forma natural e, acho que pra Victoria esse distanciamento gradual também foi mais positivo do que imaginava.

3

Individualidade: depois da separação fiquei muito tempo escondida no papel de mãe e foi fácil imaginar que eu não tinha mais outro papel para interpretar. Se achar nesse processo é um dos maiores desafios. Se reconhecer e saber quem você será desse momento em diante é um dos grandes prêmios que a análise me trouxe. Hoje sei exatamente quem sou, o que me sobra, o me falta e o que eu quero para o meu futuro. Isso tudo é resultado de muito trabalho e de muito afinco. E ainda estou arranhando a superfície.

4

Sufocada: aparentemente minha filha me sufoca. A psicóloga da Vicky me diz isso com frequência, minha irmã fala isso toda hora e quem está por perto também já comentou. Eu mesma só passei a perceber quando precisei lutar pelos meus momentos de solidão. Não tem muito jeito: crianças demandam atenção. Algumas mais e outras menos. E como você é o único adulto por perto, minha dica é: esteja presente para suprir as carências do filhote e estimule a independência para que você possa ter sossego. Sossego é importante.

5

Organização: se acordo atrasada, não tem quem cuide da criança para eu poder acelerar; se eu esquecer a chave de casa, não tem quem abra a porta; se eu esquecer o celular em casa, ele fica em casa; se eu não fizer supermercado não tem comida. Por isso organização é a máxima da mãe solteira. Isso e deixar uma ou mais chaves de casa reserva com pessoas de confiança.

6

Novos amigos: na separação você perde alguns amigos. Não tem jeito. Fiquei muito triste com isso na época. Não só por que perdi os amigos que eram do ex, mas por que também perdi meus próprios amigos. Eu não combinava mais com o estilo de vida deles. Mas com a separação vieram outros amigos, alguns novos, outros que estavam só afastados. Tudo deu certo.

7

Saber dividir: o primeiro final de semana que a Vicky foi passar na casa do pai, eu quase morri. Te juro. Parecia que eu tava me separando tudo de novo. Não vou dourar a pílula pra você, é HORRÍVEL. Mas o tempo, sempre ele, passa e tudo se ajeita. Hoje em dia eu curto essa folga quinzenal. Quando ela está comigo, os programas de final de semana são sempre dela (e eles são muitos, ufa!). Mas quando ela está com o pai posso fazer o que eu bem entender, com quem eu quiser. Mesmo que eu queira passar o final de semana todo na cama, com o mesmo pijama, comendo pipoca e vendo filmes (história essa, infelizmente, verdadeira).

8

Novas responsabilidades: você paga todas as contas, cuida do supermercado, do médico, do dentista, da compra do material escolar, dos remédios, do tênis novo, dos presentes de aniversário, das festas do pijama, essa lista é interminável. O pai pode ser presente, mas se é você quem ficou com a guarda das crianças, a responsabilidade é maior. Eu jamais abriria mão de tudo isso, mas há quem consiga dividir não só as tarefas, mas a responsabilidade (sim, são coisas diferentes). Eu não consegui. Nem quis.

9

O outro: eventualmente você não vai mais ficar sozinha. Há não ser que você esteja escondida debaixo da sua cama esperando um novo sujeito bater na sua porta. Aí você não está facilitando, né? O limite entre sua vida privada e a maternidade é você quem vai estabelecer. Tem quem consiga viver vida dupla por um longo tempo. Eu sou dessas. Tem quem queira apressar essa convivência entre o novo amor e os filhos. Tudo bem também, as pessoas encaram a vida de maneira diferente. O ritmo é você quem vai impor.

10

Alegria: Lembre-se de ser feliz. Você acha, por um tempo, que a vida se encerrou e a alegria saiu porta afora junto com o ex. Mas não é bem assim, não. Um dia, os dias passam a ser mais felizes do que tristes. É aí que você percebe que superou mais essa.

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