Uma coisa sempre me angustiou na hora de escolher o colégio do meu filho (mentira, não foi uma coisa só, foram várias): eu sei o que eu quero de uma escola, mas o que está em jogo aí são os meus critérios e as minhas expectativas. E se as necessidades do meu filho forem outras? E se ele não se adaptar? E se ele virar um menino tímido e ficar mais à vontade em uma escola menor? E se eu estiver buscando uma escola com muitas quadras esportivas e tudo o que meu filho vai se interessar é pela biblioteca? E como tomar essa decisão quando a criança tem apenas 2 anos de idade?
Claro que é possível mudar durante o percurso, mas existe um problema real para quem mora no Rio de Janeiro que não pode ser ignorado: as escolas particulares estão cheias e é cada vez mais difícil conseguir uma vaga. Na prática, o que tem acontecido é que não são mais os pais que escolhem a escola, e sim a escola que escolhe seus alunos em processos seletivos cada vez mais disputados. Hoje em dia é comum ver crianças de 4/5 anos fazendo aulas particulares para se preparem para entrevistas e testes de admissão. Por conta disso, decidir o colégio do filho ganhou um peso maior e gera ainda mais ansiedade na família.
No meio desse frenesi é preciso parar, respirar e refletir. A primeira escola do ranking pode não ser a melhor escola para o seu filho. A escola dos seus sonhos pode não ser a escola dos sonhos do seu filho. Toda mãe carrega um mundo de expectativas, mas lembre-se: por mais que a criança tenha a cara da mãe e o gênio do pai, ele é ele, precisa ser respeitado e entendido como o ser humano único que é.
Uma vizinha optou por colocar seus filhos em escolas separadas por causa do temperamento de cada um. Como o mais velho era muito sério e certinho, ela escolheu uma escola mais alternativa, com menos regras e o matriculou na aula de teatro. Já a filha mais nova foi para uma escola mais tradicional, pois ela era bem levada. Ela tem certeza que as escolas serviram para equilibrar um pouco o temperamento de cada um e ficou satisfeita com o resultado.
Como todas as mães, planejei a vida escolar do meu filho. Escolhi um colégio perto de casa para a pré-escola e outro onde ele irá se alfabetizar e seguir até a faculdade. Mas estou disposta a alterar o percurso se necessário. Sigo atenta.
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Concordo plenamente com a mãe que colocou cada filho em uma escola. Acredito sinceramente que não existe a melhor escola em geral, mas sim a melhor escola para o seu filho, respeitando sempre as suas características individuais.