Não é o limite que a gente dá?!

Acredito que o não é o limite que precisamos dar. Nossos filhos desde muito pequenos nos pedem por limites e rotinas. Eles são novatos por aqui e é muito natural que não saibam qual caminho trilhar e como se comportar em diversas situações. Dentro da barriga não havia código de comportamento.

A crise dos dois anos, os chamados terrible twos, estão acontecendo cada vez mais cedo, mães de bebês ainda nos seus 16 meses tem se desesperado com as birras e malcriações, o que faz com que uma profusão de “nãos” saia de nossas bocas.

Quando a gente pára para pensar (e nos sentir culpadas), não imaginamos que esse determinado não dito sem prosa e sem verso, entrando na cabecinha dos pequenos rebeldes pode causar. O impacto inicial de susto, choro ou apreensão se dá muito mais pela mudança no tom da nossa voz e expressão facial, do que pelo entendimento da negativa.

Aqui em casa o não nunca vem sozinho. Uma explicação curta se segue a ele e muitas vezes o substitui:

  • Quando mexe em algo proibido – “é seu? Você pode brincar aí ou com isso?”
  • Quando pode estar em perigo – “aí não pode, vai fazer dodói.”
  • Fez alguma coisa errada, como jogar o brinquedo no chão – “que bobagem, o carrinho não vai querer mais brincar com você.”

É cansativo ter que chamar a atenção todos os dias e várias vezes ao dia. Não se deixe enganar pelos olhinhos brilhantes e pelo sorriso fácil, eles sabem exatamente o que não devem fazer e vão nos testar até cansar.

As artes irão variar de acordo com o objeto de atenção naquele momento. Pode ser que ele cisme mais com o pai, e você fique livre por mais um dia. Todos os que tem contato muito próximo estarão sendo testados e avaliados. Nesse teste, quem tem o coração mais mole vai aos poucos se tornando a vítima predileta. O importante é que os discursos estejam alinhados e todos tenham a mesma atitude, não importa o quanto isso te incomode e faça sofrer. Com o tempo ele irá entender o que é ou não possível, e deixará de lado esse tipo de comportamento.

Não deixe a responsabilidade de repreender seu filho para o pai, quando esse chegar do trabalho ou até mesmo por telefone. Você tem esse poder. Pode ser que a paciência esteja mais curta, mas acredite que resolver as situações por si mesma facilitará os seus dias no futuro. Não importa se você é quem passa mais tempo com o pequeno, educar é exercício diário e todos tem seu papel.

Minhas dicas não vão transformar o(a) seu filho (a) em um lorde inglês ou em uma milady. Compartilho uma experiência que tem funcionado aqui em casa. Dar limites vai muito além de dizer não, mostrando que nem sempre estamos disponíveis,  que cada um tem seu espaço, seu momento de falar e de calar, que existe lugar e hora.

Quão mais velhos eles se tornam, mais questionadores ficam. Acostume-se a ter sempre um explicação, mesmo que seja abrir o coração e dizer que naquele momento sua decisão é baseada naquilo que está sentindo. As piores resposta que podemos dar para uma criança são:  “porque não!” e “porque eu não quero!”.

Boa sorte para nós.

 

Crédito de imagem: Chris Parypa

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1 Comment

  1. Eliane
    25 de outubro de 2013 at 19:50 — Responder

    Estamos nessa fase agora!!!??????

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