Sobre a importância de organizar as contas

Hoje inauguramos o canal Bolso de mãe, com a jornalista Juliana Rosa. Aqui você vai encontrar tudo sobre finanças. De como poupar para o futuro do seu filho até economia doméstica, passando por investimentos, recuperação da saúde financeira e muito mais. Cadastre-se para receber nossas noticias e fique ligado.

Sobre a importância de organizar as contas

Nunca fui um exemplo de organização. Sempre precisei me esforçar muito para deixar o quarto arrumado e o dinheiro guardado para o que realmente era importante. Eu consegui levar a bagunça até o nascimento do meu filho. Quando o Gabriel nasceu, percebi que as contas que eu tinha feito, assim por alto, de cabeça mesmo, seriam bem maiores. Logo de cara, eu não conseguia amamentar bem, comprei vários bicos de silicone, pomadas importadas, bombinhas, paguei uma especialista caríssima em amamentação para ir em casa, contratei enfermeira… No primeiro mês já mergulhei de cabeça no vermelho.

Aos poucos, fui tentando colocar o nariz para fora d’água. Afinal, eu já era jornalista de economia! Sabia o que tinha que fazer para equilibrar as contas! Pela primeira vez, montei no computador aquela tabela bonitinha, de quanto eu gastava por mês e do tamanho do esforço que deveria fazer para que os gastos coubessem dentro do valor que eu recebia. Como foi difícil! Eu e meu marido redividimos as contas.

Mas o grande problema mesmo não estavam nos gastos fixos. Estavam nas exceções, que são muitas quando se tem um filho. E a gente não economiza. Afinal, eles merecem tudo de melhor, certo? A roupinha mais bacana, o médico mais badalado, os melhores programas culturais… E o meu cartão de crédito virou uma espécie de mágica! Eu não tinha mais dinheiro, mas era só colocar no cartão e pronto! Resolvida a questão! O problema é quando a fatura chega em casa… E ela chega!

A dura verdade é que o dinheiro é finito. E a gente precisa estabelecer prioridades. Isso não quer dizer que vamos só fazer sacrifícios. Vamos poupar e colher lá na frente o dinheiro para as férias, para as compras de Natal… Esse é um esforço que vale a pena fazer. É que nem dieta!

É claro que às vezes, além das emergências, a gente gasta mesmo por impulso. A gente não compra só o que é necessário, mas o que a gente deseja. E o desejo da mulher está muito ligado ao bem-estar da família. A psicóloga Suzana Rodrigues me disse que a maior parte do dinheiro das mulheres é gasta com roupas e alimentação para os filhos e com cuidados em geral da casa. A casa e a família em ordem são, ainda hoje, importantes símbolos sociais. Uma prova de sucesso da mulher.

Por isso, é fácil dar aquela escorregada. Afinal, existe o cartão de crédito! Mas a principal armadilha é pagar só o mínimo do cartão e ir rolando as prestações. Os juros estão em queda no Brasil, mas ainda são estratosféricos. Vale a pena dar uma pesquisada em taxas bem mais em conta oferecidas pelos bancos. Derrapadas acontecem. Na vida pessoal e financeira também. Tem dias que o quarto vai ficar desarrumado.

Imagem: PIGGY BANK
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