Menu infantil – a caça de um que sirva

Hoje é segunda e para os vários pais que buscaram um restaurante no final de semana, é dia de reclamar dos menus infantis servidos ao menos aqui no Rio de Janeiro. A maioria dos restaurantes que servem comida para crianças, cria um menu dito especial para o público mirim. Simpática iniciativa – que não sei como ou quando começou – para renovar a clientela e também acompanhar a evolução; já imaginou se cada casal que têm filhos deixa de frequentar o restaurante?

O problema está nos pratos que são selecionados para compor o menu. Não sei quem é a pessoa que pensou nesses pratos, se nutricionista ou chef. O fato é que o menu infantil composto por arroz, feijão, uma carne e batata (frita ou purê) parece ser o “melhor” que esses profissionais podem fazer.

Muitos pais ao sair com seus filhos, optam por restaurantes que oferecem um menu variado e atenda também ao gosto dos seus filhos. Aceitar passivamente que o menu infantil possa contemplar frituras e carência de vegetais é o que não devemos engolir, mas se essa é a realidade na sua casa, como esperar que os restaurantes mudem?

Já comentei por aqui que a solução, ao menos aqui em casa, é escolher 2 pratos do menu regular e algum outro acompanhamento. Assim, conseguimos montar um terceiro prato.

Se o restaurante não quer fazer o porcionamento infantil ou praticar a venda de meia porção para alguns de seus principais pratos ok, mas servir o combo de macarrão ou qualquer outro prato sem vegetais travestido de menu infantil, é golpe baixo.

Para quem não sabe como funciona a cozinha de um restaurante, posso dizer que não é tão complicado assim ter porcionamento determinado para os mini comedores. Cada receita tem sua lista de ingredientes e se sabe exatamente quanto essa “mistura” vai render, em número de pratos. Se cada prato que sai da cozinha com aquela iguaria, que feita para um adulto pesa 150g, basta que se calcule qual a quantidade adequada para uma criança e bingo, já temos um prato. Essa estratégia também manteria o cardápio fiel a proposta do restaurante, acabando de vez com a chuva de feijão com arroz em restaurante italianos, franceses etc. O que há de errado em oferecer para uma criança um coq au vin?

Ao escolher o restaurante, nós pais, devemos procurar pela comida, a experiência que ela deverá proporcionar a família. O comer por comer não é a melhor saída.

Restaurantes com parquinhos, lápis de cera e livro de colorir, podem ser um falso bom sinal de que esperam atender famílias, mas essa proposta é vazia se não tiver o que oferecer à mesa. Na verdade, muitos desses estabelecimentos contam com a lembrança das crianças, especialmente os maiores de 5 anos, para que na próxima vez, seus pais escolham esse local atendendo ao pedido dos filhos.

Se você é pai, escolha os restaurante de sua preferência e reforce o que você gostaria de ver no cardápio. Quanto maior o número de pais se mobilizando, maior a chance de mudanças no horizonte.
Se você é Chef e/ou dono de restaurante, acredite, os pequenos podem e devem ser estimulados a viver esse experiência. Afinal de contas, o pequeno gourmet de hoje, será quem vai pagar a conta amanhã.

 

Abaixo um exemplo dos menus que encontro por aqui.

Emporium Pax
Emporium Pax
Gula Gula
Gula Gula

 

applebee's
applebee’s
Academia da cachaça
Academia da cachaça

 

Na próxima semana eu conto das boas surpresas em ótimos restaurantes. Me aguardem, essa história continua.

 

Crédito de imagem: visualthinker

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