Por mais que a gente seja diferente dos nossos pais, a criação que eles nos deram serve como parâmetro na hora de criar nossos filhos – isso quero fazer igual a minha mãe fazia comigo, já aquilo eu vou fazer diferente e por aí vai. Mas quando o assunto é tecnologia, não adianta olhar para trás. Sim, existia televisão, videocassete, videogame e telefone na nossa infância, mas nada comparável com a revolução tecnológica e as diferenças profundas na maneira de nos relacionarmos que estamos vivendo hoje.
Normal, portanto, estarmos todos meio perdidos, nos perguntando quanto é muito, o que é adequado, se pode ou não, com quantos anos etc. Também estamos aprendendo essas medidas e temos mais perguntas do que respostas.
Eu parto do princípio de que não adianta proibir totalmente e nem tentar fingir que tecnologia não existe. Como mãe, tenho uma preocupação maior em prepará-lo para lidar da melhor forma possível com a realidade do que tentar protegê-lo dela.
Aqui em casa adoramos tecnologia e somos bastante conectados. É nesse ambiente que meu filho de 8 anos está sendo criado. A verdade é que ele reclama mais do meu celular do que eu reclamo dos jogos eletrônicos dele. A família toda está aprendendo junta a se educar, por isso evito mexer no telefone quando estou com ele. Mas, por outro lado, mostro também que muitas vezes o computador e o smartphone permitem que eu pare de trabalhar mais cedo e fique em casa com ele, mesmo que de vez em quando tenha que parar a brincadeira para responder um e-mail ou outro. Dilemas da vida moderna.
Jogo videogame desde os 6 anos e tinha um console antes de o meu filho nascer. Sei bem como funciona, como é difícil desligar e que sempre é necessário mais cinco minutos. Por isso, aqui em casa, tela tem hora. O videogame, sobretudo, ele joga com um timer do lado. 45 minutos durante a semana. E 1 hora no sábado e 1 hora no domingo.
Na teoria é isso, mas na prática às vezes eu perco a medida e deixo ele em frente a uma tela mais do que deveria, seja porque tenho que trabalhar ou porque preciso de alguns minutos para mim. Em algumas ocasiões, quando vamos em um jantar só com adultos amigos meus, por exemplo, libero os joguinhos de celular na mesa depois de um tempo. Não é programa de criança, é chato para ele e eu também mexo no meu celular durante as festinhas dos amigos dele, confesso.
Percebo que em alguns momentos a tecnologia é maravilhosa e nos aproxima muito. Minha família mora em outra cidade; trocamos mensagens e fotos diariamente e usamos o Skype para matar a saudade. Em compensação, inúmeras vezes levantei os olhos do meu celular e percebi que cada um de nós estava olhando para a uma tela diferente e rindo sozinho de alguma coisa que o outro não fazia a menor ideia.
Somos a última geração que vai lembrar como era a vida sem internet. Vivemos um momento único, de muita transformação. Espero que no futuro meu filho olhe para trás e me tranquilize dizendo que eu fiz da melhor maneira que pude. O limite da tecnologia é uma das tarefas da maternidade que vamos sempre precisar aprender com os mais novos, e não o contrário.
E você, mãe, a tecnologia tem afastado ou aproximado a família? E você filho, filha, acha a tecnologia positiva para reaproximar pais e filhos? Compartilhe um momento especial que a tecnologia proporcionou entre mãe e filhos usando #AmoComoVoceAma e faça parte do nosso movimento. Marque sua mãe nesta mensagem e crie um cartão exclusivo para ela clicando aqui.
Esse post faz parte da ação #AmoComoVocêAma, um movimento de Comfort para mostrar que não importam as falhas e defeitos de nossas mães, a gente ama o jeito que elas nos amam. Também abraçam essa causa as mães Shirley (www.macetesdemae.com), Luiza e Hilan (www.potencialgestante.com.br).
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