Como manter os mosquitos (e a dengue, a chikungunya e a zika) longe da sua família

Mosquito já é uma praga mesmo não transmitindo nenhuma doença. Os pés fofinhos e a pele macia da criança ficam cheios de bolinhas que coçam, inflamam e causam grande desconforto. Esse verão chegou com mais uma ameça, após a dengue e a chikungunya veio a zika. Em um verão quente como o nosso, não dá para sair cobrindo cada pedacinho de pele (nossa e dos pequenos). Dengue, zica e chikungunya e crianças como fazer então?

Saiba um pouco mais sobre cada uma dessas ameaças!

Dengue 

Entra e saí verão e a dengue continua (infelizmente) sendo um hit. Existem quatro mutações do vírus da dengue que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O comportamento da doença é urbano, ou seja, o mosquito mora nas cidades e poucos são os casos encontrados nas zonas rurais (Aedes Albopictus).

Os sintomas são febre bem alta – que surge sem motivo aparente e pode durar até uma semana- dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, e em alguns casos erupção e coceira na pele. Em casos mais graves, chamada de dengue hemorrágica, pode haver sangramento (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, baixa da pressão arterial e tontura – e requer atenção imediata e ida ao posto médico.

A dengue é chata, mas o tratamento é simples: repouso, ingerir boa quantidade de líquidos para evitar a desidratação e medicamentos (prescritos pelo médico) para aliviar os sintomas.

Grávidas – A dengue “funciona” de forma igual para gestantes e não gestantes. A transmissão vertical pode ocorrer e há risco de aborto no primeiro trimestre e de trabalho de parto prematuro quando a doença é adquirida no último trimestre.

 

Chikungunya

Até 18 de abril deste ano, foram registrados 1.688 casos em todo o Brasil. A doença é nova e os primeiros casos apareceram em setembro de 2014, suspeita-se que tenha sido trazida por uma pessoa que viajou para fora do país. Com nome de origem Africana, chikungunya significa “aqueles que se dobram”, e não à toa o nome exemplifica bem como ficam as pessoas que sofrem desse mal – postura curvada, devido às fortes dores nas articulações. Também é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, causando um pouco de confusão na hora do diagnóstico.

Apesar de alguns sintomas semelhantes à dengue (febre alta repentina, dor de cabeça, e manchas vermelhas na pele), quem sofre com a chukungunya tem como principal sintoma a dor nas articulações, que é bem mais intensa do que nos quadros de dengue. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.

O tratamento é o mesmo indicado nos casos de dengue.

Grávidas – A infecção no período gestacional, não está relacionada a efeitos teratogênicos, e há raros relatos de aborto espontâneo. Mães que adquirem chikungunya no período intraparto podem transmitir o vírus a recém-nascidos via transplancetária com taxa de transmissão que pode chegar até 49% e desses, cerca de 90% podem evoluir para formas mais graves. Não há evidências de que a cesariana altere o risco de transmissão. O vírus não é transmitido pelo aleitamento materno.

 

Zika

O Brasil não ganhou a Copa do Mundo do Futebol, mas há suspeitas de que tenha sido com a vinda de muita gente para o evento que ela ganhou a zika. E, o que não é mais surpresa, é que o agente transmissor seja o Aedes aegypti. 

Ela produz sintomas mais leves do que as duas anteriores, a febre é mais baixa que a da dengue e chikungunya. Conjuntivite ou irritação nos olhos e coceira são outros sintomas que acabam confundindo o médico na hora do diagnóstico – ele pode achar que é uma alergia. Assim como a chikungunya, a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Na última semana veio uma nova descoberta de que a febre zika estaria ligada a uma síndrome neurológica chamada Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia, e também a casos de microcefalia. Até o dia 28 de novembro, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia identificados em 311 municípios de 14 estados. Pernambuco tem o maior número de casos (646), seguido da Paraíba (248), do Rio Grande do Norte (79), de Sergipe (77), de Alagoas (59), da Bahia (37), do Piauí (36), do Ceará (25), do Maranhão (12), do Rio de Janeiro (12), de Tocantins (12), de Goiás (2), do Distrito Federal (1) e do Mato Grosso do Sul (1).

Grávidas – O Ministério da Saúde lançou ontem (14/12/15), o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus zika, que orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia em todo o País. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.

 

 

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O que podemos fazer?

A rotina diária deve seguir os seguintes passos:

  • Fazer da sua casa um ambiente seguro para si mesmo e os seus vizinhos. Evite água parada, objetos que possam funcionar como criadouro para as larvas do mosquito.
  • Colocar telas nas janelas e portas.
  • Uso com segurança de mosquiteiro no berço e nas camas.
  • Passar repelente nos bebês (acima de 2 meses), crianças e em si mesmo e não esquecer de reaplicar.
  • Se puder, faça uso de repelentes que podem ser aplicado em roupas e sapatos.
  • Nas crianças, evite o uso de repelentes que possuam DEET na fórmula em uma concentração maior que 10%. Em adultos a concentração máxima deve ser de 30%. Procure indicação com o pediatra se estiver com alguma dúvida ou se houver casos de alergia ou doença crônica na família.
  • Repelentes naturais a base de citronela, capim-limão, hortelã e cedro podem ser utilizados, mas é bom ver com o pediatra. O ideal é que eles sejam aplicados com maior frequência.
  • Não existe vacina para nenhuma das três doenças.

 

Qual repelente posso usar?

O Proteste fez um teste para avaliar a eficacia e segurança dos repelentes existentes no mercado. Eles testaram 10 marcas de repelentes, além de dois aplicativos de telefone (cujos nomes não foram divulgados). O resultado foi preocupante: de todos os produtos, apenas um apresentou eficácia contra o Aedes Aegypt, além da maioria deles não ter a mesma duração de proteção indicada no rótulo e todos apresentarem risco de reação adversa nas primeiras 24h. O resultado completo do levantamento você confere aqui.

 

Crédito da imagem em destaque via Shutterstock

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2 Comentários

  1. Ana Gibson
    15 de dezembro de 2015 at 18:43 — Responder

    você já ouviu falar de uma fórmula da homeopatia usada para prevenir as doenças? e o uso de inhame para fortalecer o sistema imunológico e também combater a dengue? são dicas naturais das quais tenho ouvido falar muito …

  2. 25 de agosto de 2017 at 10:17 — Responder

    Conteudo exelente com otimas dicas, Obrigada, Andressa

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